22 janeiro 2014

Não te escreverei uma carta
Tão pouco jogarei palavras ao vento sem destino

Falarei assim, olhando nos teus olhos vivos
Encarando esse teu espírito
Que insiste em esconder- se de mim, assim,
como eu ao meu

Fugidio, reluto: é maior, é arrebatador o sentimento
Remexendo sensações de outrora que insisti em camuflar.
Tantos "porques" ou "ses",
As respostas, no entanto, se apresentam numa espécie de linguagem particular
Linguagem dos que amam livre.

Como Paulo escreveu aos corintios, "Dei-lhes leite a beber e não alimento sólido, porque ainda não podíeis suportar. Nem ainda agora o podeis, porque ainda sois carnais."
Infelizmente não estava pronta pra sentir.

Arrumei desculpas pra não te olhar
Arrumei desvios pra não te encontrar
Desarrumei os sentimentos, assim.