Aquela de outrora,
costumeira habitante de mim
está de partida.
Deixará apenas boas e vivas lembranças,
dessas que carregamos como marcas - na pele e na alma.
Sua obra era: criar condições para que esse ser mais humano
pudesse vir a tona.
A bailarina dança, a coreografia ensaiada anos a fio.
Espera o momento de subir ao palco.
não temos mais pressa.
A bailarina tem frieira, falta de maneira
Unha encardida e dente com comida.
É humanamente bela.
* referência à música de Chico Buarque, a Ciranda da Bailarina http://letras.mus.br/chico-buarque/85948/