Quando era mais nova, em anos, isso significa dizer, quando tinha 15, 16 anos, meu pai, toda vez em que nos reuníamos numa festa de família, levava o videokê.
Descobri minha vocação para o canto aos 10, quando, numa feira de animais, daquelas em que a gente ganhava pintinhos coloridos, lembra? Numa dessas, resolvi, na inocência da criança, subir num palco de 2x2 e cantar minha música preferida. Eu sempre detestei competições, mas subir ali e cantar, me parecia tão natural que não hesitei.
De repente, me vi cercada de pessoas. Na minha pequenez infantil, eram centenas de pessoas; na real, deviam ser 20 ou 30. O fato é que naquele momento, era uma multidão que me aplaudia. E eu venci!
Feito o parentêses, aos 15, 16, nas festas, meu pai, depois de umas tantas cervejas, gritava meu nome e dizia: "vem, coloquei a música pra você cantar!" E eu ia.
E ele ficava ali, admirando seu rebento cantarolando, com uma latinha numa mão e um cigarro na outra.
E hoje, aos quase 30, ouvi a mesma música a caminho do trabalho, no carro, depois do horário eleitoral, e essas lembraças invadiram com força, com alma.
Venho chamando por ele há dias, e hoje ele me falou. Obrigada.
A música? Catedral, com ZD.
25 agosto 2010
16 agosto 2010
De volta pra casa
a alma está a procura do perdido
Claro não está, mas posto
Que voltar é necessário e vital
Há quanto tempo vagueia vacilante?
Claro não está, mas posto
Que voltar é necessário e vital
Há quanto tempo vagueia vacilante?
11 agosto 2010
09 agosto 2010
Riders on the storm
"Minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio" Clarice Lispector
O silêncio é um viajante do infinito
que urge.
Quer tornar-se palavra- cantada, gritada, murmurada, que seja.
Qualquer coisa que dê vida.
Dói.
Uma dor insuportavelmente silenciosa.
Não há quem entenda
Silenciar sozinha: parece sina.
E escrever é fruto do silêncio vivo
que escoa a cada tempestade,
invadidando o que sou
pra que o self voe e não cai no esquecimento.
O silêncio é um viajante do infinito
que urge.
Quer tornar-se palavra- cantada, gritada, murmurada, que seja.
Qualquer coisa que dê vida.
Dói.
Uma dor insuportavelmente silenciosa.
Não há quem entenda
Silenciar sozinha: parece sina.
E escrever é fruto do silêncio vivo
que escoa a cada tempestade,
invadidando o que sou
pra que o self voe e não cai no esquecimento.
05 agosto 2010
Descoberta 2
A distância.
A porra da distância.
Não, nada que o carro não resolva.
Mas como é que deixamos chegar a este ponto?
Será que nenhum de nós percebeu?
Estávamos tão impregnados pelo ópio- cotidiano
E consentimos,
pensando andar pela estrada ideal
Esquecendo, porém, que o ideal está no campo daquilo que
NÃO se realiza?
NÃO SE REALIZA!
Caso contrário, estaria na categoria do REAL, EFETIVO, PALPÁVEL.
A vida cobra os desmandos e as cegueiras humanas.
Agora a gente chora.
A gente sofre
A gente finge que não sente.
04 agosto 2010
overmundo.com.br |
"Buscando o ponto de equilibrio."
Tem um tempo em que o perdi
Cá no infinito de mim,
Esquecido dentro de uma caixinha
ou de um baú velho.
E se o deixei cair pelo caminho?
Tantas indas e vindas
Tantos desencontros do que sou
Continuo a busca.
"Por mais forte que seja o vento da tempestade
Busque em seu interior o abrigo"
Assinar:
Postagens (Atom)